Redução de Estômago: a busca da saúde



A obesidade é a doença crônica mais comum no mundo ocidental. Sua causa é mista: genética, psíquica e comportamental. Nos EUA 50% da população é obesa e, 25% das crianças são obesas.


A classificação dos obesos é feita baseada no Índice de Massa Corpórea (IMC), que é calculado dividindo o seu peso (kg) pelo quadrado da sua altura (metros).
IMC até 25: normal, IMC entre 25 e 30: excesso de peso, IMC entre 30 e 35: obeso tipo I, IMC entre 35 e 40: obeso tipo II e IMC acima de 40: obeso mórbido.
Nos EUA existem 4 milhões de obesos mórbidos, e no Brasil existe 1 milhão de obesos mórbidos.
A obesidade leva a outras doenças, que chamamos de comorbidades: hipertensão, diabetes, infarto, aumento do colesterol, artralgias (principalmente de joelhos), psicopatias, apnéia do sono (parada respiratória fatal durante o sono), esofagite de refluxo, dentre outras. No Brasil morrem 80.000 obesos por ano, devido às comorbidades.
O tratamento da obesidade deve ser sempre clínico e orientado por especialistas, mas quando este falha, lança-se mão do tratamento cirúrgico.
A redução de estômago é um dos tipos das chamadas cirurgias bariátricas. Elas diferem entre si conforme seu mecanismo de ação.
Na redução de estômago a intenção é diminuir a fome em nível cerebral e causar saciedade gástrica. Faz-se uma redução do estômago e um desvio da parte inicial do intestino (cerca de 10%). Essa cirurgia atualmente é feita por videolaparoscopia. Esse desvio chama-se Bypass duodeno jejunal. Veja na ilustração o "novo caminho" pelo qual passará a comida (um pequeno estômago e o restante do intestino, ficando excluído a porção maior do estômago e a parte inicial do intestino). Esta técnica envolve a exclusão da parte do intestino responsável pela absorção de nutrientes e a alteração de alguns hormônios que modulam a fome. O paciente não sentirá fome e assim emagrecerá porque também comerá menos.
A perda de peso média é de 40 a 45% do peso inicial.
É necessário acompanhamento multiprofissional (médico, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta e cirurgião plástico) pois o paciente passará por mudanças importantes e necessitá de orientações e apoio, inclusive da família.
O paciente deverá ser acompanhado pelo resto da vida para emagrecer, manter-se magro, sem doenças (principalmente anemia, desnutrição e osteoporose) e ser feliz.
Os médicos dizem que a mortalidade cirúrgica é rara e ocorre principalmente nos grandes obesos mórbidos e nas grandes séries mundiais gira em torno de 0,6%. Acreditam que a mortalidade de "continuar obeso seja muito maior que a mortalidade cirúrgica".
A intenção da cirurgia é promover a saúde, melhora da auto-estima e qualidade de vida do paciente.
A idéia desta matéria foi do Capitão. Adorei escrevê-la. Espero ter correspondido às suas expectativas!! Até a próxima...


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