Ou a cidadania acaba com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil


O grande escritor paulista Mario de Andrade, autor do romance “Macunaíma”, publicado em 1928, já usava a metáfora da saúva para criticar e denunciar, na referida obra, a politicagem eleitoreira e assistencialista, vigentes à época. Infelizmente, quase um século depois, ainda vivemos momento de grande apreensão proporcionado por nossos governantes.

Basta a leitura dos principais jornais e revistas do país para sentir-se, como tenho me sentido ultimamente: estupefato, indignado e impotente com a série de denúncias que são feitas contra figuras expressivas da estrutura petista, que comanda o Brasil pela terceira vez.

Interesses contrariados de alguns e cumprimento do dever de ofício de outros vão descortinando uma série de escândalos e roubalheiras que causam inveja aos mais respeitáveis quadrilheiros internacionais.
Para consolidar esse ardiloso esquema, além de uma bem articulada estratégia de aniquilação da oposição, cooptando mais descaradamente que à época do mensalão, políticos de todos os matizes, inclusive, com suas organizações partidárias, os donatários do poder ampliam a intervenção do estado em setores básicos da vida nacional.

Fruto dessa esperteza, coadjuvada pelo perfil majoritariamente fisiológico e mutante da grande maioria dos nossos políticos, instalou-se, no Congresso Nacional, um verdadeiro balcão de negócios, comandado pelo Planalto e seus representantes, onde tudo passa e o contraditório é patrolado sem qualquer fastio, só vale o que aos Lullistas interessa, como, por exemplo, a aprovação no Senado desse absurdo reajuste no pagamento da energia de Itaipú, sem qualquer reciprocidade por parte dos paraguaios, pura politicagem internacional.

Representando cerca de 40% do PIB nacional, o governo é responsável pelo surgimento de uma nova classe emergente, prepotente e desprovida de qualquer caráter, que tem, literalmente, “destruído o roçado”, sem dó nem piedade, comprando a tudo e a todos em negociatas pelo Brasil afora.

O até pouco “blindado” ex-presidente Lula da Silva, finalmente é denunciado por um procurador regional da República, Manoel Pastana, que corajosamente representa contra Lula pedindo a sua responsabilização criminal pelo “Mensalão do PT”, onde já tem quarenta indiciados, já não é sem tempo.

No libelo do procurador regional, dirigido ao procurador-geral da República, dr. Roberto Gurgel, ele expõe, de maneira clara e insofismável, esse sentimento que se apossa, cada vez mais, entre os homens e mulheres deste país, que conseguem separar o real do fictício, o moral do imoral, ou seja, a indignação com o que vem ocorrendo. Se expressa, assim o dr. Pastana:

“No Brasil, muitas pessoas acreditam na impunidade. Parece que o ex-presidente Lula não só acredita, como tem certeza, e até faz piada com as irrisórias multas sofridas por sucessivas infrações a Lei Eleitoral. É preciso colocar um basta nisto, pois é inadmissível que o rigor da Lei seja aplicado apenas ao pequeno infrator”.

Este é o cenário, com a independência entre os poderes extremamente comprometida, esperamos que o Ministério Público e o Judiciário, em todas as suas instâncias, cumpram com seus deveres constitucionais, denunciando, processando e condenando essas práticas, cabendo a nós, cidadãos e cidadãs, utilizarmo-nos de todos os meios legais disponíveis para protestar, arregimentar, conscientizar e comunicar, é o que tenho feito em todos os espaços disponibilizados.

É um trabalho que demanda coragem, patriotismo e desprendimento, do qual ninguém está dispensado, pois boa parte da cidadania ainda se encontra inebriada pela campanha ilusionista, difundida pelo petismo de norte a sul do país. Encerro, reiterando: “Ou a cidadania acaba com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil”.

Pelo empresário Alberto Amaral Alfaro.

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